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Actividade anti-bacteriana do extracto aquoso de Calendula officinalis L., Atropa belladonna L. e Nasturtium officinale R.

Ferreira LEN, Moreira TF, Rosa RT, Rosa EAR, Elifio-Esposito SL, Stuelp-Campelo PM
Actividade anti-bacteriana do extracto aquoso de Calendula officinalis L., Atropa belladonna L. e Nasturtium officinale R. L.E.N Ferreira a, T.F. Moreira a, R.T. Rosa b, E.A.R. Rosa b, S.L. Elifio-Esposito c, P.M. Stuelp-Campelo a a Laboratório de Bioquímica, b Laboratório de Estomatologia, c Laboratório de Fisiologia Animal, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, R. Imaculada Conceição, 1155, CEP: 80215-901, Curitiba, PR, Brasil. A cultura popular brasileira resultante da miscigenação de índios, africanos e europeus apresenta uma grande variedade de tratamentos utilizando plantas medicinais, que muitas vezes carecem de comprovações cientificas. Este estudo avaliou o efeito do extracto aquoso de Nasturtium officinale R., Calendula officinalis L. e Atropa belladonna L. contra Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa. O N. officinale foi colhido na fazenda Sary (jan/2007), Sao Jose dos Pinhais-PR, e foi utilizado apenas o caule e as folhas. Ele foi limpo manualmente, seco a 40°C por 48 h, e moído grosseiramente. A. belladonna foi comprada do laboratório BIOTEC, como folhas secas moídas. As flores de C. Officinalis foram compradas de uma loja de plantas medicinais em Curitiba, e então foi limpa e seca, utilizando apenas as pétalas. O extracto aquoso foi obtido por infusão (15 min), seguido por filtração, redução de volume e liofilização. O conteúdo de carbo-hidratos totais foi determinado pelo método de fenol-sulfúrico e o de proteínas pelo método de Lowry. Os resultados mostraram as mesmas quantidades de proteínas entre os extractos das três espécies e C. officinalis apresentou as maiores concentrações de carbo-hidratos. Ainda, os principais grupos de metabólitos secundários foram identificados com reacções específicas e todos os extractos continham saponinas, alcalóides, flavonoides, taninos e triterpenoides. A actividade antibacteriana foi realizada pela técnica da microdiluição em caldo Mueller-Hinton, avaliada pelos testes de concentração inibitória mínima (MIC) e concentração bactericida mínima, em 24 e 48 h. As concentrações testadas foram 1, 5, 10, 20 e 40 mg/mL. Os extractos de A. belladonna e C. officinalis inibiram somente o crescimento de S. aureus em 10 e 20 mg/mL, respectivamente. Somente o extracto de C. officinalis mostrou actividade bactericida na mesma concentração do MIC, enquanto o extracto de A. belladonna apresentou comportamento bacteriostático. Não foi detectada nenhuma actividade contra bactérias Gram-negativas. Desta forma, torna-se interessante testar estes extractos em afecções de pele, onde o S. aureus é um potencial agente infectante, dificultando a cicatrização de tais lesões.