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P008 Doseamento de flavonóides nas folhas de Solanum paniculatum. Revista de Fitoterapia 2012; 12 (Sup. 1): 68.

Zadra M, de Brum TF, Piana M, Gindri AL, Boligon AA, Belke BV, Athayde ML
P008 Doseamento de flavonóides nas folhas de Solanum paniculatum. Revista de Fitoterapia 2012; 12 (Sup. 1): 68. P008 Doseamento de flavonóides nas folhas de Solanum paniculatum Marina Zadra, Thiele Faccim de Brum, Mariana Piana, Amanda Leitão Gindri, Aline Augusti Boligon, Bianca Vargas Belke, Margareth Linde Athayde Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências da Saúde, prédio 26, Lab 1411. Av. Roraima, 1000, 97105-900, Santa Maria, RS, Brasil A espécie Solanum paniculatum pertence à família Solanaceae, e é conhecida popularmente como jurubeba, jurupeba, juvena. Ocorre principalmente no Brasil, Uruguai e Argentina, e é amplamente utilizada na medicina popular como antianênimo, antiin- flamatório, estimulante digestivo, hepatoprotetor, entre outros. Porém, estudos químicos e biológicos desta planta são escassos. Os flavonóides são metabólitos secundários da classe dos polifenóis, abundantes em vegetais. Possuem diversas atividades biológicas, destacando-se a propriedade antioxidante.(1) Este trabalho teve como finalidade realizar o doseamento de flavonóides nas folhas de Solanum paniculatum, no extrato bruto e frações clorofórmio, acetato de etila e n-butanol. As folhas da planta foram coletadas em outubro de 2011, no município de Restinga Seca, Rio Grande do Sul. O material testemunho (exsicata) está depos- itado no herbário do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Santa Maria, e catalogado sob o número de registro SMDB 13146. As folhas (1002,41 g) foram secas em estufa com temperatura controlada, trituradas e submetidas à maceração hidroalcoólica (70%) por um período de sete dias, com agitação diária. A seguir, o material foi filtrado e concentrado em evapo- rador rotatório, com a finalidade de remover o etanol e obter o extrato aquoso. Parte deste foi levada à secura total, originando o extrato bruto (EB), e outra parte foi submetida a fracionamento em ampola de separação, com solventes de polaridade crescente: clorofórmio (CHCl3), acetato de etila (AcOEt) e n-butanol (n-BuOH), as quais também foram secas para obtenção de cada fração. A determinação do teor de flavonóides para o extrato bruto e as frações seguiu o método descrito por Woisky e Salatino2 (1998), onde as soluções das amostras (150 μg/ml) reagem com uma solução de AlCl3 2%. Após 60 minutos, as leituras foram realizadas em espectrofotômetro a 420 nm. Uma curva de calibração de quercetina foi utilizada como padrão, e o teste foi realizado em triplicata. Os teores de flavonóides foram expressos como miligramas de quercetina por grama de fração seca (FS). A fração CHCl3 foi a que apresentou o maior teor de flavonóides, 137,12 ± 0,60 mg de quercetina/g de FS, seguida pela fração AcOEt, com 90,08 ± 1,06 mg de quercetina/g de FS. O extrato bruto apresentou 78,69 ± 1,02 mg de quercetina/g de FS, e a fração n-BuOH teve o menor teor de flavonóides, 72,38 ± 1,05 mg de quercetina/g de FS. Estes resultados mostram que as frações de maior polaridade apresenta- ram os menores teores de flavonóides, enquanto o extrato bruto apresentou teor intermediário. A espécie Solanum paniculatum apresenta teores significativos de flavonóides, e este trabalho orienta a um estudo fitoquímico com vistas ao isolamento de fla- vonóides, priorizando a fração clorofórmica, bem como testes de atividade antioxidante que possam confirmar o seu uso popular. Agradecimentos: CAPES. referências: 1. Simões, C.M.O. et al. (2010) Farmacognosia: da planta ao medicamento. 2. Woisky, R.G., Salatino, A. Analysis of propolis:some parameters and procedures for chemical quality control (1998). J Apicult Res 37, 99-105.